Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

28
Mai 09

 

 Sabia que o autoproclamado Estado Novo foi, entre muitas outras coisas, um reino do faz de conta. O que estaria longe de supor é que também este país de novembro o seria.


Hoje, desde o desfile dos que mudaram de ideário aos descaramento dos que ensaiam acrobacias para se equilibrarem no arame e negarem o óbvio, tudo é uma farsa. E os casos são sérios de mais para os encararmos com um sorriso de indiferença.

Os tempos que vivemos são de grande complexidade, agravada pela ambiguidade de uns e pela desfaçatez encapotada ou declarada de outros. E o povo interiorizou uma indiferença desencantada, resumindo-a num agastado «São todos iguais!».

Sem saudosismos, mas com verdade, aliás de fácil verificação para quem duvide, creio bem ser urgente um regresso à autenticidade, ao saber e ao decoro, à entrega e ao despojamento cívico, para se retomar o caminho da esperança íntegra e autêntica.

Basta de mistificação!

Basta de carnaval!

 

Até sempre!

Gabriel de Fochem

publicado por Do-verbo às 22:39

24
Mai 09

 

Nunca o ano foi ruim por haver fartura
Pois é, a safra será sempre boa quando corresponde em quantidade e qualidade ao esforço-objectivo da sementeira? Ou convirá determinar o que é uma boa sementeira e também uma boa safra?
Diz a sabedoria dos povos que «quem semeia ventos, colhe tempestades». Posto isto, facilmente se entende que semear ventos não corresponderá a uma boa sementeira; logo colher tempestades, ainda que fartas, também não constituirá uma boa safra.
A memória dos homens regista os malefícios dessas muitas e muitas sementeiras e muitas e muitas safras envenenadas. E, apesar disso, as sementeiras e correspondentes safras continuam, para nossa desgraça.
Recentemente, falando com um amigo, dizia-me ele que essa história das ideologias já não conta. Tentei, em vão, recordar-lhe que o Pensamento do Homem determinou as correntes de opinião e delas decorrem as diversas respostas aos problemas, constituindo uma riqueza colectiva a nunca desprezar. Manteve a sua opinião.
Sabendo todos nós que, em democracia, das correntes de opinião resultaram os partidos políticos, concluiremos que que aquela posição do meu amigo é a negação das correntes de opinião enquanto tal responsáveis e responsabilizáveis.
Não quero nem posso acreditar na falência do Pensamento do Homem, mas sei que a opinião que divulgo aqui é subscrita por muitas pessoas, numa evidente condenação dos partidos políticos que nem sempre respeitarão como é seu dever os ideários de que se reclamam. E da falência do Pensamento do Homem ao ressurgir do homem-salvador vai um passo. E a História aí está a dar-nos conta desses homens-deuses e dos rosários de amarguras que provocaram.
Até sempre!

Gabriel de Fochem

publicado por Do-verbo às 15:40

11
Mai 09

 

Através dos meios ditos de comunicação social, chegam, ao meu «monte», notícias e mais notícias e comentários e mais comentários às mesmas notícias.
É uma fartura de «louvar a Deus»!
Da política ao futebol, dos pimbas da música aos da banca, que sei eu!...
Vivemos este tempo que tudo nivelou por baixo, tão por baixo que se compraz em enveredar por subterrâneos.
Por vezes, parece que os vários tempos do Tempo se assemelham às consabidas três fases dos impérios: ascensão, apogeu e queda.
Como toda gente, herdei o saber do tempo dos meus pais e avós. E com essa riqueza de saber, preparei-me como pude para enfrentar o meu tempo e dele perspectivar o tempo futuro. E é aqui que as dificuldades surgem, neste preciso momento em que este hoje é de angústia e o amanhã é uma aflitiva incógnita.
Ensinaram-me a respeitar valores então considerados de todos os tempos. Ora esses valores, hoje, estão a ser questionados na prática quotidiana.
Bem sei que estão sempre em mudança os tempos e as vontades, mas evolução e degradação têm significados diferentes e provocam também situações diferentes. E também sei que a evolução e a degradação não aparecem por geração espontânea.
Exactamente por tudo isto, daqui do meu «monte», eu grito:
«Abaixo a distracção!»
Antes que seja tarde de mais...
Até sempre!
Gabriel de Fochem
 
publicado por Do-verbo às 00:19

08
Mai 09

 

Dizia-me um velho e querido Amigo, falecido há muitos anos, que a perenidade do Estado Novo trouxera uma única vantagem: a de testar a resistência dos seus opositores. A idade traz consigo o tal saber de experiência feito. E se os tempos são outros, agora, semelhantes serão na sua acção de testar a resistência.

 

Aquando da queda da ditadura, eram mais as lapelas do que os cravos. Só que, como muito bem disse um velho resistente, «Nem todos os que estão, são; nem todos os que são, estão.»

 

Muito se comentam os «desvios» do PREC. E que fizeram os arautos da «pureza» dos Ideais de Abril? O 25 de Novembro de 1975!

 

Hoje, trinta e três anos passados à sombra tutelar do 25 de Novembro de 1975, a «pureza» dos Ideais de Abril aí está! E estará para durar, posto que, no agudizar da situação actual, tudo indica serem os responsáveis pelo descalabro quem irá reparar o dano.

 

Nesta insólita situação, pergunto-me se o meu país é um balão de ensaio onde uns quantos aprendizes de feiticeiros se comprazem em experimentar tropelias de mau gosto.

 

Até sempre!
Gabriel de Fochem
publicado por Do-verbo às 23:39

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