Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

11
Jul 12

Diz quem sabe ter o Homem alcançado a posição de Rei da Criação devido à superior capacidade do seu intelecto. Também assim sempre entendi.

Daí ter ficado perplexo quando me chegou a imagem que divulgo.

Será esta foto a ilustração duma situação insólita e sem outras consequências que não a de provocar uns sorrisos complacentes?

Ou será que estamos chegando a uma etapa nova da História - a da implantação da Asnocracia?

Como se diz num jogo de azar, eu pago para ver...

Até sempre!

publicado por Do-verbo às 23:51

10
Jul 12

Eles!... Quem não se lembra de ser assim que o Povo se referia aos governantes do autoproclamado Estado Novo? A utilização deste artigo pessoal forma de sujeito revelava a sua recusa evidente a tratar pelos nomes os governantes de então.

Eram outros tempos, só vividos pelos mais velhos. Hoje, a maioria da população não era nascida ainda ou seria nova de mais para ter consciência daquela realidade.

A História daquele regime está feita, por isso não me irei deter na narração de episódios que vivi ou de que tive conhecimento em tempo real. Apenas me importa referir, agora, o regresso do eles. E tal regresso corresponderá ao desagrado que o Povo manifesta pelos governantes.

Hoje, Portugal vive em Democracia. O Povo tem liberdade de expressão e escolhe livremente os seus governantes desde a Junta de Freguesia à Presidência da República. É uma democracia limitada, todos nós o sabemos, porque há objectivos ainda não alcançados -- o direito pleno à Saúde, ao Trabalho, à Habitação, a uma vida digna e sustentada, à Justiça, à Segurança, etc.

Ora não é a democracia limitada que vivemos hoje que desagrada ao Povo, mas a perda da esperança de que a situação evolua de democracia limitada para democracia plena.

E esta perda de esperança é agravada por situações outras, as quais a Imprensa vai noticiando, reveladoras de que algo vai mal ou, quando menos, não vai bem. E estas notícias ferem gravemente a Democracia, quer quanto à imagem, quer quanto à credibilidade enquanto regime eleito pelo Povo e para o Povo.

Todos sabemos que o Povo anseia por transparência a todos os níveis e que reage negativamente quando entende que essa mesma transparência não se verifica. Poderá argumentar-se que nem sempre o Povo bem ajuíza. Poderei conceder que assim seja, mas, quando tal assim se entender, o recurso ao esclarecimento é o caminho a seguir. O Estado de Direito não é uma farsa nem uma abstracção, é uma realidade digna e concreta e um objectivo civilizacional de homens livres.

Convirá que os governantes recuperem a identidade, recusando a designação de eles  e o anátema de eles são todos iguais. Mais, é urgente que os governantes se assumam na diversidade das suas propostas e assim garantam ao Povo as inequívocas opções nas escolhas que tem o direito e o dever de fazer em cada acto eleitoral.

Até sempre!

publicado por Do-verbo às 15:32

07
Jul 12

 

 

 

Todos sabemos que a palavra política significa o governo da cidade.

Dos gregos nos chegou.

E governar a cidade é zelar pelos interesses dos cidadãos. Assim sendo, não é de mais falarmos de política e atentarmos no que fazem e não fazem aqueles que elegemos para determinarem os caminhos mais adequados da nossa vida colectiva.

Eleger é votar e votar é escolher, logo todos nós assumimos a responsabilidade de confiar o Poder (o governo da cidade) a alguém; e esse alguém escolhido por nós assume a responsabilidade de honrar a escolha cumprindo os objectivos propostos. 

Considerando que isto é tão claro, daqui partiremos para ver o que se passa,

para entender o porquê do que se passae para decidir se o que se passa nos convém e é justo,porque

 

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

(Artigo 1º. da Constituição da República Portuguesa)

 

Até sempre!

publicado por Do-verbo às 23:53

04
Jul 12

 

 

"os portugueses têm um pequeno país para berço

e o mundo todo para morrerem"

 

Padre António Vieira

        

publicado por Do-verbo às 21:51

02
Jul 12

 

 

O Poder Local
Garante a Constituição da República Portuguesa no seu Artigo 235º.:
1- A organização democrática do Estado compreende a existência de autarquias locais.
2- As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.


Mal avisado andará o governante quando não se apercebe de que o Povo murmura. Voz do povo é voz de Deus, garante o rifão.
O Povo murmura. Quantas e quantas vezes com razão! Outras haverá que nem tanto, mas será indispensável ouvi-lo sempre e esclarecê-lo devidamente quando não entende a justeza desta ou daquela decisão do Poder.
E por governante entenda-se o Poder Central e o Poder Local.
Não entende o Povo, nem eu entendo, provavelmente porque sou parte desse mesmo Povo, o motivo por que o Poder Político não atende ao rigor do aforismo que determina que quando há obrigações, não há devoções.
Há dias, comentava comigo uma senhora que já dobrou a barreira dos setenta:
Perdemos o direito ao transporte para tratamentos, exames e consultas fora da vila.
A senhora não disse perdemos, utilizou outro verbo, mas adiante! E, continuando, questionava ela:
E a Câmara o que faz? Tem meios de transporte para passeios, mas para os doentes não tem! Pois é, há dinheiro para umas coisas e para outras não há.
É inquestionável a razão da sua amargura.
Evidentemente que não questiono os apoios que são dados pelo Poder Central ou Poder Local a iniciativas outras que não as de primeira necessidade das populações, mas também me questiono quando estes apoios se sobrepõem aos de cariz urgente.
Não se trata aqui da recorrente máxima de ser difícil ou impossível agradar a gregos e troianos. Falamos de se privilegiar o que pode esperar em detrimento do que não pode esperar.
Quando não há meios para tudo, manda a justeza que se acorra ao fundamental. Hoje, é o caso. E, mesmo que quiséssemos ignorar os tempos difíceis que vivemos, a realidade de todos os dias aí está, dolorosa, a tirar-nos o sono.

Por quanto antece, insisto: o Poder Local está convocado para assumir as suas responsabilidades.                                                                          

Até sempre!

José-Augusto de Carvalho

Viana, 2 de Julho de 2012.                                           

publicado por Do-verbo às 22:38

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