Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

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Mar 13

 

 

publicado por Do-verbo às 22:15

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publicado por Do-verbo às 19:13

06
Mar 13
Ignácio Pedralva era um homem muito respeitado no meio rural onde vivia. As suas barbas brancas davam testemunho de uma vida longa. Já homem feito, casado e pai, assistira à derrocada da Monarquia e ao advento da República. Sem entusiasmos, passara da velha à nova ordem estabelecida. Lia a Imprensa e ouvia com atenção o filho que vivia na cidade.
Alfredo, de quando em quando, conseguia uns dias de licença e visitava o pai. E sorria sempre quando ouvia a pergunta: Filho, como vai a política, lá na cidade?
A República passara. Havia aberto de par em par as portas ao autoritarismo. Como sempre sucede, uns adaptaram-se, outros mantiveram-se fieis ao ideário apeado. Ignácio Pedralva meneava a cabeça, apreensivo. As coisas continuavam a não caminhar bem. Agora, pior.
Alfredo, homem vigoroso de corpo e de entendimento, ficara ao lado dos que resistiam. Sustentava que as forças do reviralho recuperariam a República e os seus ideais de Outubro de 1910. E insistia em transmitir ao pai essa convicção.
Um dia, Alfredo sugeriu ao pai que aderisse a um movimento local. Afirmava que a força residia nas bases. E sentenciava: o Terreiro do Paço não poderá governar contra as bases.
Ignácio Pedralva, sorrindo, respondeu-lhe: Meu filho, nunca fui degrau de escadote para os outros subirem.
Surpreso, Alfredo ficou calado, digerindo a resposta do pai. Entretanto, eram horas de almoço. Sentaram-se à mesa. Uma açorda de alho e poejos com peixe frito esperava-os, fumegando.
Alfredo tentou recuperar a conversa: Pai, não quer pensar melhor no que lhe sugeri?
Ignácio Pedralva, fitando o filho com ternura: Não quero destruir as tuas esperanças com as minhas desilusões. Também as tive e lutei por elas. Fiquei desiludido. Naquele meu tempo, muitos dos que estavam, não eram; e muitos do que eram, não estavam... Entendes-me? E, agora, é demasiado tarde para mim.
Alfredo tentou insistir...
O velho atalhou: Não insistas, filho. A minha decisão está tomada. Apenas desejo que, dessa tua aventura, não saias tão magoado como eu saí da minha. Talvez, quem sabe?, as coisas sejam diferentes, hoje...
E continuaram a refeição, em silêncio.
 
Até sempre!
Gabriel de Fochem
Lisboa, 5 de Março de 2013.
publicado por Do-verbo às 16:02

03
Mar 13

 O POVO É QUEM MAIS ORDENA!

 

 

 

 

 

A emblemática «Grândola, Vila Morena», de José Afonso, a canção-senha que, na madrugada de 25 de Abril de 1974, determinou o arranque da acção libertadora do MFA-Movimento das Forças Armadas para derrube do Estado Novo e a subsequente devolução ao Povo Português da Liberdade e da Dignidade, foi cantada por centenas de milhar de pessoas indignadas na manifestação extraordinária de ontem, dia 2 de Março de 2013.

O movimento popular «Que se lixe a troika» exigiu o fim da intervenção estrangeira e a demissão do Governo.

José Afonso, o resistente antifascista que fez da canção uma arma, já não está entre nós, mas perdurará na memória de todos o seu exemplo, a sua música e as suas canções.

Este espaço não poderia deixar de assinalar, ainda que modestamente, mais esta acção de resistência e luta do Povo Português.

Ilustra  este registo a elucidativa foto que, com a devida vénia, colhi de empréstimo ao nosso centenário Diário de Notícias.

Até sempre!

JoSé-Augusto de Carvalho

publicado por Do-verbo às 16:03

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