Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

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Out 14
«Conquistar o Poder é fácil; difícil é conservá-lo.»
 

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Talvez seja oportuno debruçarmo-nos sobre o alcance desta frase tão usada na dita Ciência Política: «Conquistar o Poder é fácil; difícil é conservá-lo.»

Situemos a frase no âmbito democrático, para evitarmos derivas armadas.

Posto isto, ficará claro que quem concorre num acto eleitoral, conquistará o poder se ganhar a eleição.

Situada a questão, outra se levanta: por que será difícil conservar o Poder obtido no acto eleitoral?

Aqui, teremos de meditar: que motivo ou motivos poderão levar os cidadãos a alterar o seu sentido de voto, isto é, a votarem noutro candidato, em eleições futuras.

Excluindo questões de alienação ou de caciquismo, o eleitorado terá aceitado como razoáveis as propostas do candidato, daí delegar nele a responsabilidade da condução do destino colectivo ou de qualquer outro que esteja em causa.

Ora, chegado o tempo de novo acto eleitoral, os cidadãos, avaliado o trabalho do eleito, decidirão de novo. Se a avaliação for positiva, será muito provável que optem pela reeleição; se for negativa, haverá fortes possibilidades de optarem pela mudança.

De forma simples e esquemática, será assim.

Optei por colocar a questão com simplicidade porque determina a sabedoria e a experiência que sempre se deve partir do simples para o complexo. Parece-me isto tão certo quanto é certo que se faz uma casa partindo dos alicerces para o telhado e nunca o inverso.

Sei, naturalmente, que o tema deste registo é do conhecimento geral. Se me propus falar dele foi por ter sérias dúvidas de que os meus concidadãos o tenham sempre presente, designadamente em períodos eleitorais.

Convirá esclarecer que não estou querendo «ensinar o Pai-nosso ao cura». Aqui, apenas crio oportunidades para «falar» com os meus concidadãos que fazem o favor de me ler.

Até sempre!

Cordialmente,

Gabriel de Fochem
13 de Outubro de 2014.
 
publicado por Do-verbo às 17:37

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Ou muito me engano ou deverá estar prestes algum juízo final doméstico. Não é chalaça o que digo. E esta minha suspeita deriva da leva de arrependidos que anda por aí, arrependidos das malfeitorias de que foram actores ou aplaudiram ou a que passivamente assistiram.


Cansei destes arrependidos que se põem a salvo como se algum naufrágio ameace o navio em que embarcaram para o cruzeiro de mau gosto a que assistimos incrédulos.

Pois é! «O amor é eterno enquanto dura.» (E aqui convoco o poeta e escritor francês Henri de Régnier, 1864-1936, que escreveu «L’amour est éternel tant qu’il dure»). Pois é! Tal qual este cruzeiro dos arrependidos, que anteviram saboroso e agora se lhes desnuda azedo até à náusea.

Sabemos que estes arrependimentos são cíclicos. Logo, logo, ao cais do desplante outro navio atracará para receber veraneantes para mais um aliciante cruzeiro.

O milenar «estás perdoado; agora, vai e não peques mais» é o hábil vaivém dos instalados ou, como dizia frequentemente um velho amigo já desaparecido, dos que «são desta opinião e da contrária se assim convier».

Adolescente ainda, aprendi com o poeta Guerra Junqueiro, no seu livro «A velhice do padre eterno», o que reputo de máxima a ponderar seriamente: «Um justo não perdoa, julga.»

Claro que sempre há quem se engane no caminho e terá o direito de corrigir a rota. O que não entendo bem é como há quem só verifique o erro quando o fogo lhe chega aos fundilhos. E destes eu desconfio…

Até sempre!

Gabriel de Fochem
14 de Outubro de 2014.

publicado por Do-verbo às 15:47

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