Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

29
Dez 14

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Se não encantas cantando,

por que teimas em cantar?

Se não convences falando,

por que insistes em falar?

 

Quem não sabe que deliras,

ouvindo as tuas mentiras?

 

Quem não sabe que a vaidade

é toda a tua verdade?

 

Quem não sabe que Narciso

teve mais modéstia e siso?

 

És o anverso e o reverso

da mesma falsa moeda,

mácula do pátrio terso

que resiste e que leveda...

 

És o direito e o avesso

da casaca já no fio,

que, na feira, é adereço

dos arautos do sandio.

publicado por Do-verbo às 21:53

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