Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

21
Mai 08




Para Jerónimo Sardinha


Da memória do tempo levanto
a magia daquela alvorada.
Foram armas e cravos de espanto
perfumando uma terra de nada.

A palavra, a doer, clandestina,
finalmente a mordaça arrancava!
Era o verbo, que tudo ilumina,
que, qual raio, na terra se crava.

E na terra de nada, a sangrar,
florescendo, as papoilas estendem
o seu manto a pulsar o querer

da manhã que, sorrindo, a chegar,
traz os astros que nunca se rendem
aos tentáculos do anoitecer.



José-Augusto de Carvalho
20 de Maio de 2008.
Viana*Évora*Portugal

publicado por Do-verbo às 16:10

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