Todos nós temos a nossa agenda. Uns fazem-na; outros adoptam a(s) que lhes dão ou lhes impingem.
Hoje, importará falar da agenda do nosso dia-a-dia colectivo. Como é natural, a comunicação verbal é uma das partes mais importantes do nosso quotidiano. Falamos com os familiares, com os amigos, com os colegas, com os vizinhos, com os conhecidos e até com desconhecidos. Falamos muito e essa prática é boa. Por vezes, é agradável conversar; por vezes, nem tanto; por vezes, é um dever de ofício ou de civilidade.
Com raras excepções, todos nós propomos ou aderimos a propostas de conversas sobre o tempo que faz ou não faz, sobre o estado de saúde dos nossos, sobre o último acontecimento ocorrido no nosso meio, no país ou na estranja, etc.
Para além destas conversas, são frequentes muitas outras provocadas pela dita Comunicação Social. Sabemos quanto nos influenciam (e quantas vezes condicionam) a Televisão, a Rádio, os jornais e revistas, exactamente porque são parte importante da nossa vida colectiva. E compreende-se: a função principal da Comunicação Social é informar e formar.
Chegados a esta definição da Comunicação Social (informar e formar), importará determo-nos na responsabilidade que impende sobre quem decidiu assumir a responsabilidade de contribuir para uma mais adequada informação e formação de todos nós. Ora, este exercício de análise, que se deseja constante, é fundamental para separarmos o trigo do joio. Porque queremos informação e não desinformação; porque queremos formação e não mal formação.
Ficamos entendidos? Oxalá!
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 26 de Janeiro de 2012.
Pela sua inegável importância, aqui se releva este trabalho do senhor António Marques, retirado, com a devida vénia, do seu blog http://tentolingua.wordpress.com/
“Tratam-se de”?! Não! “Trata-se de” – erros de “excelência” abusadaAntes de mais, ‘abusada’, porque são incorrecções (que abusam da norma); de ‘excelência’, porque são cometidos por utentes da língua, por vezes grandes plumitivos, que tinham (têm) por obrigação dar exemplo. E, não só não dão exemplo, como até, às vezes, se arrogam o direito de se obstinarem no erro, como quem diz que assim é que deve ser. Ou seja, decretam a abolição da norma e, logo a seguir, decretam como norma a sua opinião, que não passa disso e ainda por cima é… incorrecta. Vejamos então alguns exemplos (maus exemplos…).
“Só publicamos audiências do primeiro-ministro com outros governantes quando se tratam de primeiros-ministros […] “ (DN 13/NOV/07, p. 20. Negrito nosso).
Este erro é um dos que se ouvem e se lêem a toda a hora nas televisões, nas rádios e nos jornais, saído muitas vezes da pluma de grandes plumitivos, mesmo em jornais ditos de “referência”, como neste caso. Trata-se nem mais nem menos do que da expressão verbal tratar-se de que, nesta acepção, é impessoal, ou seja, só se usa, como todos os verbos impessoais, na 3ª pessoa do singular: trata-se disto, trata-se daquilo. Trata-se, aqui, de confusões gramaticais, de incorrecções, de ignorância. Corresponde ao francês il s’agit de, também impessoal, quer se trate de uma só coisa ou de muitas coisas. E quer se trate do português – trata-se de, tratou-se de, tratava-se de –, quer do francês – il s’agit de, il s’agissait de –, os dois casos têm a ver com o latino agitur (= trata-se), donde herdaram, certamente, a sua impessoalidade.
Outro caso: “A Al-Arabiya exibiu duas novas fotografias de soldados americanos, pousando [sic] ao lado de um iraquiano morto enquanto sorriam e exibiam os polegares erguidos, indicando que se tratavam [sic] de novas imagens de abusos cometidos em Abu Ghraib.[…] “ (DN 21/Maio/07, p. 14)
Vejamos, devidamente corrigida, a incorrecção referida (segunda sublinhada): “…indicando que se tratava de novas imagens de abusos cometidos…”. Vejam bem: “que se tratava” e não “que se tratavam”. Digo-lhes uma coisa: se eu fosse a contar as vezes que, num só dia, leio ou ouço esta incorrecção linguística, era capaz de passar da dezena…
Na segunda linha da citação, podemos ver outro erro que, já agora, vamos também tentar explicar: trata-se do verbo pousar, incorrectamente usado em vez de posar. Temos em português o neologismo posar (pronunciar como se o ‘o’ tivesse acento circunflexo) que nos veio do francês poser e que, segundo os dicionários, que de data recente o registam como neologismo/galicismo, significa: “Tomar posição conveniente para se deixar pintar ou fotografar. / Fazer-se notado, assumir atitudes de quem está sendo muito observado.” Presente do indicativo: eu poso, tu posas, ele posa, nós posamos, vós posais, eles posam. No texto jornalístico, confundiu-se posar com pousar que tem significado diferente, deriva do latino pausare e significa: colocar, pôr, assentar. Podem ser considerados parónimos e é daí certamente que vêm estas confusões. De notar que o francês poser abrange os significados dos dois parónimos portugueses.
Senhores jornalistas, orais ou escreventes, daqui lhes peço, pelas alminhas que lá têm, que não cometam mais esses abusos linguísticos. Trata-se, para classe de tanto poder, de coisas que têm a ver com honra, com brio, com orgulho de classe, pois então!…
Foi anunciado com pompa e circunstância um acordo na Concertação Social.
Intervenientes: Governo+Associações Patronais+UGT (União Geral de Trabalhadores).
No acordo assinado há apenas perdas para os Trabalhadores. E porque assim é, o que mereceu a concordância final da Central Sindical (UGT)?
A História de Portugal e a História do Movimento Sindical Português registarão, para reflexão dos vindouros, a rendição do Povo Trabalhador, sob a assinatura da UGT.
Nota importante:
A CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) abandonou os trabalhos, recusando, indignada, a rendição.
Este instrumento fue inventado en 1698 por el fabricante florentino de clavecines Bartolomeo Cristofori, cuyo primer modelo quedó listo en 1709 y se llamó gravicembalo col piano e forte (clavecín con suave y fuerte), aunque fue más conocido inicialmente como pianoforte, que más tarde se abrevió a piano y así llegó a nuestra lengua. En la actualidad se conocen dos pianos fabricados por Cristofori: uno de ellos, de 1720, está en el Museo Metropolitano de Arte de Nueva York; el otro, fechado en 1726, se exhibe en el museo de la Universidad Karl Marx, de Leipzig.
Cristofori llevó adelante su proyecto del piano al constatar que el clavecín no permitía hacer que los tonos fueran más suaves —en italiano, piano— o más fuertes o recios —en italiano, forte—.