Nas estradas e encruzilhadas da Vida, liberto das roupagens da vaidade e da jactância, tento merecer esta minha condição de ser vivo.

28
Nov 14

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Quem tem olhos, que veja!

Quem tem ouvidos, que ouça!

Exortações antigas que conheço desde que me aventurei na leitura dos textos bíblicos. Excelentes exortações, concedo, até porque muito convém sabermos o que se passa. É verdade, quem anda distraído neste mundo de cristo sem cristo, está perdido se não decidir optar por uma postura atenta!

Se tudo isto convém, não é menos verdade que vamos ouvindo, aqui e ali, confidências que nos desgostam e melhor seria não as termos ouvido…

Ou vamos  vendo, também aqui e ali, o que teríamos desejado não ver… porque «olhos que não vêem, coração que não sente»… (Ah, este rifão cruel, tão cruelmente verdadeiro, quantas vezes!...)

Nesta altura da vida, vida já longa, decidi afastar-me, na esperança de me poupar a desgostos. Mas sempre alguma situação se me depara abruptamente; sempre alguma inconfidência insolitamente me chega… E fico triste, mais triste ainda, por mim e pelos outros. Pelos outros que esperam e desesperam; pelos outros que confiam até ao desespero da frustração!

O desaforo implantou-se.

Como já tenho obrigação de saber, «um homem sozinho não vale nada». E porque estou sozinho, logo nada valendo, suporto o desaforo. Suporto porque não tenho alternativa.

Tempos virão, porque a decadência não é o fim da História, mas apenas a desagregação duma situação, dum tempo que morre, dum tempo que morre sem deixar saudades… Tempos virão e com eles quem nos julgará e condenará.

E aqui será obrigatório citar Brecht? Se sim, oxalá que os vindouros, quando nos julgarem, nunca esqueçam o tempo escuro a que escaparam... 

 

-/-

 

Gabriel de Fochem

27 de Novembro de 2014.

Alentejo*Portugal

 

publicado por Do-verbo às 16:44

26
Nov 14

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O objectivo principal será sempre tentar saber: como se chegou aqui; como se está aqui; como sair daqui.

Como se chegou aqui?  Que causas terão determinado uma caminhada que não conseguiu alcançar os objectivos propostos à partida?

Como se está aqui?  Em que condições estamos aqui, agora?

Como sair daqui?  Que condições há para ultrapassar a situação e de que meios dispomos para o conseguir?

Ponderando as respostas a estas três interrogações, será possível uma avaliação da situação e perspectivar um modo de agir racional.

Voluntarismos e desenrascanços nunca foram um modo sustentado de agir. Ou estoutra, também sua aparentada: «quem não tem cão, caça com gato». 

Esta reflexão decorre do muito que vou vendo e só nos tem conduzido a desaires.

Se contribuí com esta reflexão, fico satisfeito por ter sido útil; se não consegui, que siga a dança!

Até sempre!

Gabriel de Fochem

26 de Novembro de 2014.

Alentejo, Portugal

publicado por Do-verbo às 22:36

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